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Corrida do Adepto bate recordes

Allianz Cup | 26/01/2019
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Festa do futebol prolongou-se para as ruas de Braga na corrida desta manhã

A terceira edição da Corrida do Adepto, realizada na manhã deste sábado, em Braga e inserida no programa de dinamização da Final Four da Allianz CUP, foi palco de dois recordes. Foi a corrida nacional com o maior número de participantes de uma só equipa, a Egoísmo Positivo - mais sobre eles umas linhas abaixo - com 361 atletas divididos entre a corrida de dez quilómetros e a caminhada de cinco. A segunda marca de relevo foi atingida com o recorde de participação no próprio evento, com um total de 1362 pessoas envolvidas, sendo que 1003 delas o fizeram a correr, número que mais do duplica os 460 da edição de 2018.

A numerosa equipa Egoísmo Positivo tem por base um movimento de voluntários que promovem e ajudam pessoas com deficiência motora ou psíquica, a participar em corridas ou caminhadas. Esse auxílio pode ser feito de várias formas, desde empurrar uma cadeira de rodas, fazer de guia a um invisual, por exemplo, ou o “simples” incitamento à participação. Este foi o terceiro evento do Egoísmo Positivo, movimento que teve uma estreia auspiciosa na Meia Maratona do Porto, em setembro de 2018, com um grupo de 120 intervenientes. Na corrida de hoje os 361 participantes representaram um rácio de voluntários/pessoas ajudadas de três para um.

Vencedores da corrida ganham bilhete para a final

Na vertente competitiva, Tiago Freitas, do Figueiredos Runner & Friends, venceu, tendo cavado uma vantagem de 16 segundos graças a um ataque desferido na última subida, alguns metros antes da entrada no relvado do Estádio Municipal de Braga. Esta é, aliás uma das originalidades desta prova, na qual os participantes têm a oportunidade de correr no relvado que vai albergar a final desta tarde. Muitos foram os corredores que abrandaram o ritmo e tiraram uma selfies dentro do original recinto projetado por Souto Moura e que, recorde-se, foi distinguido com vários prémios de arquitetura.

Selfies foi coisa com a qual Andreia Santos, vencedora nas mulheres, não perdeu tempo, apesar da generosa vantagem de cerca de um minuto sobre a segunda classificada Laura Silva, do Águias de Alvelos. Os três primeiros classificados, masculinos e femininos, tiveram como prémio um bilhete duplo para o jogo da final e direito a uma camisola oficial do clube da sua preferência.

Equipa Fair-Play ganhou de goleada

As camisolas Fair Play (cor de laranja) recolheram 60% das preferências entre um naipe de 37 equipas disponíveis. O FC Porto foi a escolha mais popular (12%), ao passo que o SC Braga, a jogar em casa, foi a escolha de 9%. SL Benfica (8%) e o Sporting CP (4%) surgem logo a seguir neste ranking.

De entre o pelotão de quase 1400, houve um total de dez nacionalidades representadas, para além de Portugal. França, Polónia, Itália, Eslováquia, Brasil, Venezuela, Estados Unidos, Chile, Bolívia e Indonésia ajudaram a dar um toque internacional ao evento.

Relativamente à idade, Óscar Loureiro e Felismina Carvalho, foram os mais experientes do pelotão, com 79 e 67 anos, respetivamente.

Pedro Proença destaca o Fair Play

“Estamos em crescendo. Estamos a juntar a tipologia do adepto normal de futebol aos atletas que também gostam do desporto em concreto. O futebol profissional tem um contexto próprio, mas há um conjunto de atividades complementares que são fundamentais para elevar o espírito de fair play”, defendeu Pedro Proença, presidente da Liga Portugal. O responsável sublinhou o papel do município de Braga no evento: “Desde a primeira hora a Câmara Municipal de Braga acreditou que era possível fazer desta competição um acontecimento transversal, onde podíamos incluir o futebol profissional e outras atividades suplementares que podem incluir toda a comunidade. O presidente Ricardo Rio fez uma aposta clara e vencedora e na qual nós conseguimos fazer muito mais do que os três jogos”, concluiu.

Por seu turno, Ricardo Rio, o edil de Braga, destaca a maior ambição da organização relativamente aos muitos eventos paralelos à Final Four: “Sabemos que a Final Four é um acontecimento que leva a um grande envolvimento de toda a comunidade. Assim aconteceu no ano passado e este ano temos mais experiência e ambição e esta iniciativa correspondeu por completo às nossas expectativas”.

Corrida com vertente solidária

O evento tem uma forte componente solidária e o valor das inscrições, depois de descontados os custos da organização do evento, serão convertidos em bens e serviços para apoio ao Colégio de São Caetano, uma instituição de Braga que acolhe e educa crianças e jovens em risco. Na última edição o Centro Novais e Sousa e a Associação de Pais-em-Rede, núcleo de Braga, foram os destinatários.

Alan: “Corrida ou bola? Futebol é mais fácil!”

A pergunta já trazia provocação, mas Alan, ex-jogador profissional e que terminou a carreira no Braga, não adornou: “É mais fácil ser jogador de futebol do que corredor!” disse em tom bem-disposto o embaixador da Final Four. “Fizemos a corrida num tempo extraordinário, na companhia do nosso amigo Carlos Alves. Divertimo-nos imenso!”. O jornalista quis saber qual tinha sido a marca, mas Alan chutou para canto: “O tempo eu não lembro, mas importante foi participar!”, disse entre gargalhadas e com o suor a escorrer pelo rosto.

Classificações 10 KM

Masculinos

1.º Tiago Freitas (Figueiredos Runner & Friends) 00:35:20

2.º Miguel Vieira (Juv. Merelinense) 00:35:36

3.º Orlando Neves (S. João da Serra) 00:35:45

Femininos

1.ª Andreia Santos (Run Tejo) 00:37:53

2.ª Laura Silva (Águias Alvelos) 00:38:43

3.ª Filipa Gomes (Dumiense Xallenge Runners) 00:44:25