“Nenhum clube vai perder com a Centralização”

Entrevista do Presidente da Liga Portugal ao jornal Expresso

“Nenhum clube vai perder com a Centralização”, titulou o jornal Expresso na entrevista concedida por Pedro Proença, a primeira concedida pelo Presidente da Liga Portugal desde que foi reeleito pela terceira vez consecutiva para o cargo à frente do organismo que rege o Futebol Profissional em Portugal.

Abordando um dos temas cruciais para este novo mandato, Pedro Proença começou por vincar: “Quando iniciámos este processo, houve premissas das quais nós não abdicámos: nenhum clube vai perder neste processo de centralização. Antes pelo contrário. Todos os indicadores que temos é que os clubes vão todos ganhar num processo de centralização. Obviamente, será um processo por fases, nós temos essa noção, mas aquilo que garantimos aos clubes é que nenhum clube vai perder neste processo de centralização. Sendo que o delta de incremento, numa primeira fase, será para os clubes médios e pequenos, porque o grande objetivo é reduzir o fosso entre aqueles que mais ganham e aqueles que menos ganham, garantindo aos que mais ganham a receita que já têm atualmente.”

Para o efeito, segundo o Presidente da Liga Portugal, há uma outra premissa fundamental: “Na linguagem do futebol profissional, e eu tenho dito isto sempre aos meus clubes, só há um período onde nós temos que ser adversários: é nos 90 minutos. No resto, somos parceiros de negócios. Tem que ser esta a filosofia que tem que estar subjacente. Sendo que somos uma atividade de entretenimento, que por acaso é futebol, e que tem que ter um eixo que nós temos que alimentar, que é o adepto. Se nós não percebermos este triângulo fundamental nesta atividade económica, nós não vamos conseguir mudar a página. E esse é o nosso grande objetivo.”

Admitindo haver já preponentes neste processo, com valores dentro dos que foram avançados pela consultora EY, a quem a Liga Portugal pediu um estudo de mercado sobre os direitos televisivos em Portugal, Pedro Proença deixou, então, a garantia: “Estamos a trabalhar para que 2028 chegue de uma forma robusta, madura e para que os clubes possam sair daqui a ganhar.”

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