As mulheres estão cada vez mais presentes em cargos de liderança no Futebol e, em particular, no Futebol português. Desta forma, as experiências de Helena Pires (Diretora Executiva Coordenadora da Liga Portugal), Alexandrina Cruz (Presidente do Rio Ave FC) e Sofia Teles (Diretora de Competições da Associação de Futebol do Porto) estiveram em grande evidência, num painel moderado por Raquel Moura Tavares (Associada Sénior na PRA).

Helena Pires deu início ao debate, contando um pouco do seu percurso profissional e a relevância da meritocracia ao longo da sua carreira. “Em 23 anos de Liga Portugal, nunca senti qualquer tipo de diferenciação por ser mulher. Fui crescendo na organização e, se cheguei onde cheguei, foi por mérito e competência”, disse, na sua primeira intervenção no The Academy.

“Se calhar, pelo facto de ser mulher, teremos de ter outro tipo de dedicação, mas quando há competência e profissionalismo as portas vão se abrindo naturalmente. Já tivemos uma Direção Executiva composta exclusivamente por senhoras e, por isso, a Liga Portugal até é um bom exemplo dessa realidade”, revelou.

Já Sofia Teles chamou a atenção para o crescimento do Futebol feminino e para o facto de não ter hesitado na hora de abraçar os cargos ligados ao mundo do desporto-rei. “O Futebol sempre foi uma paixão que me acompanhou desde sempre, mas não havia referências femininas, com as quais me pudesse guiar. Quando surgiu a oportunidade de ser dirigente, decidi agarrá-la. Além disso, sinto que o Futebol feminino está a mudar, tem outra visibilidade com cargos de liderança, algo que ajuda à sua evolução. Claro que há sempre dificuldades e podemos ver o mundo de forma diferente, mas está tudo certo na mesma”, explicou a Diretora de Competições da AF Porto.

Alexandrina Cruz, por sua vez, fez história ao tornar-se na primeira mulher Presidente de um clube da Liga Portugal Betclic, um feito que não a intimida, ao mesmo tempo que encara com otimismo o futuro do Rio Ave FC no principal escalão do Futebol português.

“Não senti absolutamente nada de diferente. O meu percurso no Rio Ave FC começou há 19 anos na área financeira e agora como Presidente é uma experiência diferente, porque há um grande caminho que tem de ser feito em diversas áreas no clube. Por experiência própria, não vejo diferença entre ser um homem ou uma mulher na presidência, apenas podemos ter perspetivas diferentes em determinados temas ou qual o melhor caminho a seguir para os superiores interesses do clube”, vincou.

Liderança no Feminino em grande destaque no Thinking Football Summit

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